ZIMRI E A IDEOLOGIA DE GÊNERO

Nos tempos que Israel estava terminando de atravessar o deserto em direção à terra prometida, o povo acampa em Sitim próximo à Moabe.Quando Israel pára em Sitim, as mulheres moabitas estrategicamente saem da cidade e seduzem os homens que estavam de guarda ao redor do acampamento e vão penetrando no acampamento. Quando grande parte do povo se prostra diante de Baal, a ira do Senhor se inflama contra o povo de Israel.Enquanto os homens de Deus choravam na tenda da congregação por causa daquele grande pecado, um dos príncipes da tribo de Simeão, chamado Zimri passa diante dos olhos deles com uma midianita chamada Cosbe.

Cosbe também era princesa de Midiã, filha do príncipe Zur. Assim como Zimri, ela também era autoridade do povo de Midiã.

Zimri não se importa, ele passa diante dos olhos de todos, levando a mulher para sua tenda.Como Balaão não consegue afastar o povo do seu objetivo, só há uma forma do inimigo paralizar, neutralizar e destruir o propósito do povo de Deus, fazendo com que o povo peque.O Senhor ordena que Moisés mande enforcar os que se contaminaram, Moisés dá ordem aos juízes que saiam à matar os envolvidos.Depois de seduzi-los, elas os convidam a sacrificar aos deuses, a comer dos sacrifícios e eles comem e se prostram aos deuses delas.

É importante notar que de acordo com a Bíblia na história e lei de Israel, ao povo era permitido tomar mulheres estrangeiras como despojo de guerra.

Não havia problema com o casamento misto desde que a mulher fosse tomada e passasse a viver de acordo com a vida que levava o povo de Israel. Neste caso a prostituição, o culto à Baal eram pecados de abominação ao Eterno, Deus de Israel, mas a estratégia do inimigo era tornar legal o que era ilegal. O inimigo sabia que o pecado enfraquecia Israel e torná-lo algo bom, legalizado, permitido seria o fim para Israel.

A atitude de Zimri de levar a mulher moabita se prostituindo com ela aos olhos de todo Israel e levando ela para sua própria tenda era, nada mais nada menos, do que um anúncio, uma publicação da instituição de um novo tempo, um tempo que se iniciaria em Israel se não fosse a intervenção de um homem memorável - Finéias.

Mas antes de começarmos a falar de Finéias, gostaria de trazer esse conceito para os dias de hoje. O que temos visto é a prostituição aumentar em altos níveis de degradação, os que "se chamam pelo nome do Senhor" não tem postura de servos, de pessoas chamadas para fazer diferença, entretanto aceitam essas ideologias como prenúncio de uma nova era.

Os filhos de Israel de hoje que não aceitam, não reagem, sua fé é estática, eles abrem suas bocas para denunciar erros e pecados, mas não se levantam, apenas observam chorosos e lamentosos o que se passa diante dos seus olhos. O que antes era condenado por todas as esferas da sociedade, hoje é publicado em museus e centros de ensino e desenvolvimento social, desde cedo, os príncipes da sociedade, os mestres e diversas autoridades tem levado crianças à degradação de pensamentos, atitudes e emoções.

Devemos lembrar que a gota d'água para que o Senhor destruísse Sodoma e Gomorra foram eles publicarem seus pecados, os reinos vizinhos estavam lendo a respeito das abominações que se faziam naquelas cidades.

"...publicam os seus pecados, como Sodoma; não os dissimulam. Ai da sua alma! Porque fazem mal a si mesmos" - Isaías 3:9b

Foi o que o príncipe de Simeão fez, ele era uma autoridade em Israel e, desse modo, estava tornando o pecado legal naquele momento.

Estamos vivendo um tempo que a iniquidade está sendo legalizada. Países decretam zoofilia, pedofilia além de diversas outras abominações, como é o caso do casamento gay. Embora alguns tentem excluir textos da Bíblia, o texto original sempre vai existir e clamar Gênesis 1:27:

"E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou"

Tudo isso aconteceu até um homem, sacerdote, chamado Finéias resolve agir.

Finéias não era 100% hebreu, talvez ele fosse muito discriminado porque seu pai Eleazar era filho de Arão, mas sua mãe era uma midianita, filha de Putiel, que é Jetro sogro de Moisés. Embora seu sangue não fosse aos olhos de muitos digno do sacerdócio, seu coração e suas ações estava plenamente direcionadas à vontade do Senhor, ao ponto de não suportar o que viu e atirar uma lança que atravessou Zimri e Cosbe pelo ventre.

Penso que Finéias era também um representante espiritual de ambos os povos, ele era midianita por parte de mãe e israelita por parte de pai, isso também lhe deu autoridade sobre este negócio.

Na Bíblia a primeira vez que há um relato de que houve expiação, foi nesse texto de Números 25.

"e fez expiação pelos filhos de Israel"

Houve expiação dos pecados do povo de Israel antes da vinda do Salvador? SIM! Leia novamente o texto se precisar. Aqui houve expiação, do contrário o Senhor teria destruído o povo no seu zelo.

Por causa disso, esse sacerdote foi recompensado pelo Senhor. Não há um que tendo buscado ou tendo feito algum sacrifício pelo povo de Deus ou por Ele fique sem recompensa.

"Finéias, filho de Eleazar, o filho de Arão, sacerdote, desviou a minha ira de sobre os filhos de Israel, pois foi zeloso com o meu zelo no meio deles; de modo que, no meu zelo, não consumi os filhos de Israel. Portanto dize: Eis que lhe dou a minha aliança de paz; e ele, e a sua descendência depois dele, terá a aliança do sacerdócio perpétuo, porquanto teve zelo pelo seu Deus, e fez expiação pelos filhos de Israel" Números 25:11-13

Interessante que sacerdotes não pegavam em espadas, mas como naquele momento os soldados que faziam a guarda do acampamento deixaram o inimigo penetrar, ele fez o que os outros não podiam mais fazer.

Finéias é a representação do remanecente fiél.

Precisamos de mais servos zelosos como Finéias, que não temem homens, nem espíritos, que se indignam e agem contra a degradação do seu povo, verdadeiros servos tementes ao Senhor!

Seja um Finéias! Levante-se! Posicione-se! Haja!

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