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A REFORMA PROTESTANTE

  • Simone M. Martins
  • 30 de out. de 2017
  • 7 min de leitura

Dia 31 de outubro protestantes de todo o mundo celebram a reforma protestante.


Imagem Grátis Pixabay


É inegável que a reforma protestante foi um evento de grande importância histórica, mas que tipo de contribuições a reforma trouxe para o mundo?


É impossível falar de reforma protestante e não associar o evento imediatamente ao maior responsável por essa revolução - Martinho Lutero. Este homem ficou conhecido por suas 95 teses contra os dogmas impostos pela Igreja Católica Apostólica Romana.


Sim, este foi um evento de muito grande importância para todo o mundo, dessa forma, com a permissão do Soberano e Eterno Deus, muitas das amarras da instituição papal foram questionadas e, por meio disso, algumas delas foram rompidas o que proporcionou ao povo uma liberdade jamais experimentada, já que as pessoas estavam completamente acorrentadas às determinações do império romano, por meio da instituição papal.


Algumas dessas liberdades foram: O povo passou a entender o que era ensinado, antes as missas eram em latim, Bíblias em latim e o povo não entendia os sermões, a venda de indulgências também foi questionada, o ato de rezar para os mortos, encomendar a alma, pontos de suma importância que não possuíam embasamento bíblico.


Todavia, ao estudarmos a vida e a história de Lutero cuidadosamente, poderemos notar que ele não era um homem direcionado por Deus, não pelo Deus da Bíblia. Ele entrou em guerra contra a Igreja Católica, não buscando restaurar os princípios das escrituras, mas reformar alguns pontos que ele pessoalmente discordava. Qual a diferença?


A primeira questão que encontramos aqui é a motivação reformista. Reformar é modificar e deixar algo com aparência de novo como você gostaria, podendo mudar cores, formas e adereços. Já restaurar implica em voltar algo ao original, renovar tal qual era no princípio. Na restauração não há modificação nem adequação alguma. Este foi o primeiro grande equívoco de Lutero!


Outro motivo pelo qual podemos dizer que Lutero não foi um homem usado por Deus como foram os homens de Deus da Bíblia, é porque ele pregava o ódio. Quem prega ódio, jamais conheceu o amor de Deus. Que conversão é esta? Podemos ver isso claramente em suas obras:


"A Alemanha deve ficar livre de judeus, aos quais após serem expulsos, devem ser despojados de todo dinheiro e jóias, prata e ouro, e que fossem incendiadas suas sinagogas e escolas, suas casas derrubadas e destruídas (…), postos sob um telheiro ou estábulo como os ciganos (…), na miséria e no cativeiro assim que estes vermes venenosos se lamentassem de nós e se queixassem incessantemente a Deus". Extraído do livro Sobre os judeus e suas mentiras de Martinho Lutero.


Nos seus vários trabalhos Lutero afirmou que os judeus já não eram o povo eleito, mas o "povo do diabo". A sinagoga era como "uma prostituta incorrigível e uma devassa maléfica" e os judeus estavam "cheios das fezes do demônio... nas quais se rebolam como porcos".


Lutero aconselhou as pessoas a incendiarem as sinagogas, destruindo os livros judaicos, proibir os rabinos de pregar, e apreender os bens e dinheiro dos Judeus e também expulsá-los ou fazê-los trabalhar forçosamente. Lutero também parecia aconselhar seus assassinatos, escrevendo "É nossa a culpa em não matar eles."


A campanha contra os judeus de Lutero foi bem sucedida na Saxónia, Brandemburgo, e Silésia. Josel de Rosheim (1480-1554), que tentou ajudar os judeus na Saxónia, escreveu em seu livro de memórias a situação de intolerância foi causada por "(…) esse sacerdote cujo nome é Martinho Lutero - (…) seu corpo e alma vinculada até no inferno!! - que escreveu e publicou muitos livros heréticos no qual disse que quem ajudasse judeus seriam condenados à perdição."


Josel teria pedido a cidade de Estrasburgo para proibir a venda das obras antijudaicas de Lutero; porém seu pedido foi-lhe negado quando um pastor luterano de Hochfelden argumentou em um sermão que os seus paroquianos deviam assassinar judeus.


O anti-semitismo de Lutero persistiu após a sua morte, ao longo de todo o ano 1580, motins expulsaram judeus de vários estados luteranos alemães. A opinião predominante entre os historiadores é que a sua retórica antijudaica contribuiu significativamente para o desenvolvimento do anti-semitismo na Alemanha, e na década de 1930 e 1940 auxiliou na fundamentação do ideal do nazismo de ataques a judeus. O próprio Adolf Hitler em sua autobiografia Mein Kampf considerou Lutero uma das três maiores figuras da Alemanha, juntamente com Frederico, o Grande, e Richard Wagner. Em 5 de outubro de 1933, o Pastor Wilhelm Rehm de Reutlingen declarou publicamente que "Hitler não teria sido possível, sem Martinho Lutero". Julius Streicher, o editor do jornal Nazista Der Stürmer, argumentou durante sua defesa no julgamento de Nuremberg "que nunca havia dito nada sobre os judeus que Martinho Lutero não tivesse dito 400 anos antes".


Em novembro de 1933, uma manifestação protestante que reuniu um recorde de 20.000 pessoas, aprovou três resoluções:

- Adolf Hitler é a conclusão da Reforma;

- Judeus Batizados devem ser retirados da Igreja;

- O Antigo Testamento deve ser excluído da Sagrada Escritura.


Diversos historiadores (entre os quais se destacam William L. Shirer e Michael H. Hart) sugerem que a influência de Lutero tenha auxiliado a aceitação do nazismo na Alemanha pelos protestantes no século XX. Shirer fez a seguinte observação em Ascensão e queda do Terceiro Reich:


"É difícil compreender a conduta da maioria dos protestantes nos primeiros anos do nazismo, salvo se estivermos prevenidos de dois fatos: sua história e a influência de Martinho Lutero (para evitar qualquer confusão, devo explicar aqui que o autor é protestante). O grande fundador do protestantismo não foi só anti-semita apaixonado como feroz defensor da obediência absoluta à autoridade política. Desejava a Alemanha livre de judeus (…)" – conselho que foi literalmente seguido quatro séculos mais tarde por Hitler, Göring e Himmler. Desde os anos 1980, alguns órgãos da Igreja Luterana formalmente denunciaram e dissociaram-se dos escritos de Lutero sobre os judeus. Em novembro de 1998, no 60º aniversário de Kristallnacht, a Igreja Luterana da Baviera emitiu uma afirmação: "é imperativo para a Igreja Luterana, que sabe que é endividada ao trabalho e a tradição de Martinho Lutero, de levar a sério também as suas declarações anti-judaicas, reconhece a sua função teológica, e reflete nas suas conseqüências. Temos que nos distanciar de cada [expressão de] antissemitismo na teologia Luterana."


Os ensinos de Lutero deixaram um legado aos seus sucessores e influenciando governantes e outros teólogos como sabemos que ocorreu no famoso caso de Miguel de Servet. Tudo começou quando Miguel de Servet começa a ser corresponder com Calvino e escreve uma obra chamada Restituição do Cristianismo, um trabalho que rejeitou a idéia de predestinação e que Deus condenava almas para o inferno, independentemente do valor ou mérito. Deus, insistiu Servet, não condenaria ninguém que não condenou a si mesmo através do pensamento, palavra ou ação.


Para Calvino este livro foi um ataque às doutrinas que ele pregava. Calvino enviou uma cópia do seu próprio livro como resposta. Servet prontamente devolveu, cuidadosamente anotando observações críticas. Servet escreveu a Calvino "eu não te odeio, nem te desprezo, nem quero vos perseguir, mas eu gostaria de ser tão duro como o ferro, quando eis que insultaste a doutrina com som e audácia tão grande." Suas correspondências ficaram cada vez mais violentas até que Calvino parou de falar com Servet. Servet enviou diversas outras cartas, mas Calvino se recusou à respondê-las e considerou-as heréticas. Calvino demonstrou suas opinões sobre Servet, quando escreve ao seu amigo Guilherme Farel em 13 de fevereiro de 1546:


"Servet acaba de me enviar um volume considerável dos seus delírios. Se ele vir aqui (...), se minha autoridade valer algo, eu nunca lhe permitiria sair vivo"


Servet desejava fugir para a Itália, porém, inexplicavelmente, parou em Genebra, onde Calvino e seus reformadores denunciaram ele. Em 13 de agosto, ele ouviu um sermão de Calvino em Genebra e foi imediatamente reconhecido e preso. Calvino acreditava que Servet mereceu ser morto por causa do que ele denominou como "blasfêmias execráveis". Em 24 de outubro Servet foi condenado à morte na fogueira. Em 27 de outubro de 1553 a pena foi aplicada nos arredores de Genebra com o que se acreditava ser a última cópia de seu livro acorrentado a perna de Servet. Após o ocorrido Calvino escreveu:


"Quem sustenta que é errado punir hereges e blasfemadores, pois nos tornamos cúmplices de seus crimes (…). Não se trata aqui da autoridade do homem, é Deus que fala (…)". Portanto se Ele exigir de nós algo de tão extrema gravidade, para que mostremos que lhe pagamos a honra devida, estabelecendo o seu serviço acima de toda consideração humana, que não poupamos parentes, nem de qualquer sangue, e esquecemos toda a humanidade, quando o assunto é o combate pela Sua glória.


Homens que matam, mandam matar e consentem com a morte de outros são homens transformados por Deus. A Bíblia ensina a matar aqueles que vão contra os ensinos bíblicos?


Com o legado de ódio deixado por Calvino temos até os dias de hoje uma grande barreira entre as nações e o povo judeu (a saber todo povo de Israel).


É tempo de nos desvencilharmos dos homens, deixarmos as amarras doutrinárias e dogmáticas que temos carregado por séculos, por gerações, sendo trazidas de pais para filhos que nos impedem de enxergarmos a verdade bíblica e encontrarmos a luz das escrituras, vivermos um verdadeiro relacionamento com o Eterno Deus, o Deus de Israel, o Deus da Bíblia a quem somos aproximados pelo Messias que morreu, ressurgiu e nos deixou a sua palavra. Ele sim é o único digno de toda honra, toda glória e toda nossa adoração, a ele devemos ouvir, a sua palavra devemos ler e estudar cuidadosamente. Deus permitiu a reforma acontecer, Deus permitiu Nabucodonosor invadir Judá e colocar fogo na cidade, Deus permitiu, mas a vontade de Deus na bíblia é restaurar “restaura-nos como nos dias da antiguidade”, “enviou-me a restaurar os contritos de coração”, “a lei do Senhor é perfeita e restaura a alma”. Na Bíblia não há reforma, a perfeita vontade de Deus é a restauração plena de todas as coisas.


Fonte: Livro Sobre os judeus e suas mentiras de Martinho Lutero; Mein Kampf de Adolf Hitler; The World Must Know; History of Anti-Semitism: From the Time of Christ to the Court Jews.


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